Tuesday, March 15, 2005

O Teorema do Eleitor Mediano é importante demais para ser deixado nas mãos dos políticos

Teorema do Eleitor Mediano, quando sem ética...

É fácil explicar a posição política transsexual do governo: ora defendendo o mercado, ora atacando-o com virulência. Basta pensar no bom e velho lema de Hotelling aplicado à política. Em resumo, se você é um político racional (racional no sentido neoclássico...que todos meus professores petistas negavam como sendo um construto burguês...), e quer ganhar eleição, maximizará as chances se estiver no "meio".

O que isto quer dizer? Pense em "meio" como a metade de uma dimensão de política, digamos, um assunto qualquer (ou mesmo uma média de opiniões, num abstrato conceito que vá da "direita" à "esquerda"). A maior chance de aglutinar mais eleitores ao seu lado é se mostrar no meio.

Agora, o que Reinaldo Azevedo diz neste artigo é que a mentalidade de "engenharia social" (que Hayek já havia ensinado: baseado em falso individualismo) leva a estas alianças bizarras como a do PT e as FARC. Em outras palavras, como diria o grande Jarbas Passarinho: às favas com a ética. Ou com a legalidade.

Quer dizer, trata-se de perverter o teorema do eleitor mediano aplicando-o a qualquer dimensão política, sem distinção entre grupos terroristas ou fabricantes de pizza. Parece loucura, mas não é quando se lê Lenin, Marx ou Stalin e a história das oportunistas alianças que socialistas fizeram ao longo de sua trajetória que foi hegermônica até 1989, quando o muro da ilha da fantasia caiu.

Enfim, um bom artigo este do Reinaldo. A bola da ética na política foi levantada por este mesmo povo que hoje procura não falar mais disto, tentando jogar a culpa na herança maldita de algum antecessor o que, maliciosamente, sugere que uma ditadura de esquerda seria supimpa...

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